quinta-feira, 29 de abril de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
Burocracia... (sim, burocracia...)
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Infinito
Lembrei ontem de um trecho de um poema de Hilda Hilst de que gosto bastante e pensei em postar aqui. Diz assim:
"(...)
VIII
Costuro o infinito sobre o peito
E no entanto sou água fugidia e amarga
E sou crível e antiga como aquilo que vês:
Pedras, frontões no Todo inamovível
Terrena, me adivinho montanha algumas vezes
Recente, inumana, inexprimível
Costuro o infinito sobre o peito
Como aqueles que amam
(...)"
(Da noite)
Costuremos o infinito...
"(...)
VIII
Costuro o infinito sobre o peito
E no entanto sou água fugidia e amarga
E sou crível e antiga como aquilo que vês:
Pedras, frontões no Todo inamovível
Terrena, me adivinho montanha algumas vezes
Recente, inumana, inexprimível
Costuro o infinito sobre o peito
Como aqueles que amam
(...)"
(Da noite)
Costuremos o infinito...
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Sacro
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Símbolos
(Um textinho antigo:)
I
Vou devolver a chave. A chave que passou a ser minha, depois de ser tua. A chave que se tornou minha ao sair de tuas mãos. Sim, vou devolver a chave que, agora, percebo, trazia consigo o anúncio, o anúncio de que não cabia estarmos juntos. Não.
Primeiro, você. Depois, eu. Tempos distintos. Passos distintos. Isso a chave me avisava, mas eu não ouvia. Melhor, isso a chave simbolizava, mas eu não percebia. Só agora, agora, quando estou prestes a dá-la, a quem agora ela pertence, só agora percebo o que eu devia ter sabido desde o princípio. Percebo que nossos passos não são simultâneos. Não, não são simultâneos e, assim, não haveria como termos o mesmo caminhar.
II
Ontem, algo me remeteu aos nossos caminhares e, desse modo, me fez pensar em você e em mim. Não em nós (apenas em você e em mim), porque o nós, o nós, você sabe, não existe. Mas, ontem, ontem, como eu dizia, eu vi algo e, imediatamente, lembrei dos nossos caminhares. Sim, vi algo, algo, a princípio, desprovido de sentido, mas algo que nos retrata com precisão.
Observei uma sandália e um sapato. Uma sandália e um sapato postos, por mim, lado a lado. Despretensiosamente postos por mim lado a lado, para assim ficarem até que seus pares retornem do conserto. Para assim ficarem, provisoriamente, até que seus destinos possam reencontrar os trilhos, os trilhos que guiam cada qual e seu par. Até que seus destinos possam reencontrar o passo harmônico e deixar de lado o transitório descompasso.
III
Eu não queria te contar, mas vou dizer. Apesar desses símbolos, eu tinha deixado estas linhas de lado. Não, não as havia descartado. Somente as pusera para dormir. Dormir enquanto esperava encontrássemos um novo ritmo, um novo ritmo para um fim diverso do que anunciei.
Mas assim não foi, nem eu mais acredito que ainda possa ser, de modo que, agora, ponho um ponto final no que quer que nos envolva. Um ponto final na nossa não-história. E nestas linhas.
I
Vou devolver a chave. A chave que passou a ser minha, depois de ser tua. A chave que se tornou minha ao sair de tuas mãos. Sim, vou devolver a chave que, agora, percebo, trazia consigo o anúncio, o anúncio de que não cabia estarmos juntos. Não.
Primeiro, você. Depois, eu. Tempos distintos. Passos distintos. Isso a chave me avisava, mas eu não ouvia. Melhor, isso a chave simbolizava, mas eu não percebia. Só agora, agora, quando estou prestes a dá-la, a quem agora ela pertence, só agora percebo o que eu devia ter sabido desde o princípio. Percebo que nossos passos não são simultâneos. Não, não são simultâneos e, assim, não haveria como termos o mesmo caminhar.
II
Ontem, algo me remeteu aos nossos caminhares e, desse modo, me fez pensar em você e em mim. Não em nós (apenas em você e em mim), porque o nós, o nós, você sabe, não existe. Mas, ontem, ontem, como eu dizia, eu vi algo e, imediatamente, lembrei dos nossos caminhares. Sim, vi algo, algo, a princípio, desprovido de sentido, mas algo que nos retrata com precisão.
Observei uma sandália e um sapato. Uma sandália e um sapato postos, por mim, lado a lado. Despretensiosamente postos por mim lado a lado, para assim ficarem até que seus pares retornem do conserto. Para assim ficarem, provisoriamente, até que seus destinos possam reencontrar os trilhos, os trilhos que guiam cada qual e seu par. Até que seus destinos possam reencontrar o passo harmônico e deixar de lado o transitório descompasso.
III
Eu não queria te contar, mas vou dizer. Apesar desses símbolos, eu tinha deixado estas linhas de lado. Não, não as havia descartado. Somente as pusera para dormir. Dormir enquanto esperava encontrássemos um novo ritmo, um novo ritmo para um fim diverso do que anunciei.
Mas assim não foi, nem eu mais acredito que ainda possa ser, de modo que, agora, ponho um ponto final no que quer que nos envolva. Um ponto final na nossa não-história. E nestas linhas.
sábado, 10 de abril de 2010
Fingimento
Não finjo por maldade, ele falou. - Finjo porque não estou pronto. Finjo porque ainda preciso superar, preciso parar de fazer do passado presente. Só assim poderei voltar a sempre ser natural.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Essência
Minha essência é de sal. Por isso me reencontro no mar.
Minha essência é de sal. Por isso tenho fome de açúcar.
Minha essência é de sal. Por isso tenho fome de açúcar.
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