sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O texto e eu

Qualquer coisa sem gravidade, sobriedade ou necessidade.

Não há espaço para as frases que começam com "é preciso...".
Não existe a cor cinza.
Não quero a sensatez.

Apenas o improvável.
O inesperado. O inexplicável.
Sem pesos, medidas ou força da gravidade.

Aqui os pés não tocam o chão. Eis o gesto proibido.

O tempo?
"Fica decretada a suspensão eterna do tempo!"
Todos os relógios ficarão eternamente parados com os ponteiros exatamente no espaço entre um segundo e outro.

Quaisquer cores em combinações inusitadas.
Qualquer palavra genuína, inventada, delirada.
Qualquer descoberta infantil.
Qualquer pausa para ver um pôr-do-sol.

Aqui apenas o intocável.

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