quinta-feira, 23 de julho de 2009

espairecer manoelino

"Desinventar objetos. O pente, por exemplo. Dar ao
pente funções de não pentear. Até que ele fique à
disposição de ser uma begônia. Ou uma gravanha.

Usar algumas palavras que ainda não tenham idioma."

***

"As coisas não querem mais ser vistas por pessoas
razoáveis:
Elas desejam ser olhadas de azul -
Que nem uma criança que você olha de ave."

***

"Poesia é voar fora da asa"


Manoel de Barros (O livro das ignorãças)

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