sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sobre doces e tristeza e prazer

"(...) não vou ter nenhuma pimenta na minha cozinha. A sopa pode dispensar pimenta... Talvez seja a pimenta que deixa as pessoas esquentadas", continuou, muito satisfeita por ter descoberto um novo tipo de regra, "e o vinagre que as deixa azedas... e a camomila que as deixa amargas... e os doces e as balas que deixam as crianças dóceis. Só queria que as pessoas soubessem disso, pois então não seriam tão mesquinhas com os doces...'"

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"Não tinham andado muito, quando viram a Tartaruga Falsa à distância, sentada triste e solitária numa pequena saliência de rocha, e, quando chegaram mais perto, Alice a ouviu suspirar como se o coração fosse se partir aos pedaços. Sentiu muita pena dela? "Qual é a sua tristeza?", perguntou ao Grifo. E o Grifo respondeu, mais ou menos com as mesmas palavras de antes: "É tudo fantasia dela, ela não tem nenhuma tristeza. Vamos!'"

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"(...) ela se compadeceria de suas tristezas simples e encontraria prazer em todas as suas alegrias simples, lembrando-se da sua própria infância e dos dias felizes de verão."

(Lewis Carroll, Alice no país das maravilhas)

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