sábado, 30 de maio de 2009

Janela

Falar em portas me fez lembrar de janelas...



Caminho

Ela finalmente encontrara a janela
A janela que estava longe de ser um ombro
Onde repousar a cabeça para dormir
Para esquecer
O azedo

Sim. Daquela vez, a janela era libertação
Deixava de ser símbolo de conformismo
De tábua
(Embora não de salvação)

É verdade
Nunca uma janela fora tábua de salvação para ela
Haviam sido, antes, encosto, dando um pouco mais de fôlego
Ou melhor, apenas um pouco mais de ar
Para prolongar os suspiros

Só que, daquela vez, bem, daquela vez a janela não era exatamente uma janela
Isso é, a janela, embora janela, foi compreendida por ela como uma porta
Uma porta que se abriu devagarzinho, deixando entrever uma fresta
A fresta por onde ela iria passar

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