Vez por outra, forro a cama com um lençol azul, cubro meu travesseiro com uma fronha azul e pego, para me cobrir, um lençol verde-mar. Assim, me sinto como que na intersecção do céu com o mar, intersecção existente nos meus sonhos, intersecção que embala meus sonhos.
Debaixo do travesseiro
Guardo os meus segredos
Pondo em cima a cabeça
Para que não fujam
Debaixo do travesseiro
A tua lembrança oculto
E a tua voz, ela entre as espumas ficará
Ela no tempo não se dissipará
Debaixo do travesseiro
Escondo os meus desejos
Faço-os ficarem perto
Dos meus sonhos
Debaixo do travesseiro
Não há lugar
Onde esconder
As roupas mofadas
quarta-feira, 6 de maio de 2009
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